A GR6 produz, em média, de 30 a 40 músicas e 15 vídeos por semana. Em 2023, a empresa atingiu 6 bilhões de streams nas principais plataformas digitais.
Quando apareceu pela primeira vez no jornal New York Times em 1989, o termo “fast fashion” se referia ao modelo de negócios da primeira Zara nos EUA. A marca tinha o objetivo de criar novas peças, do design à entrega, em até 15 dias.
Coleções a preços acessíveis e produzidas rapidamente. É assim que opera a indústria fast fashion, mas e quanto à fast music?
O termo não é oficial… ainda. Mas no ritmo em que a produtora paulista de funk GR6 expande seu negócio, logo ele será.
A GR6 produz, em média, de 30 a 40 músicas e 15 vídeos por semana.
Em 2023, a empresa atingiu 6 bilhões de streams nas principais plataformas digitais.
Nos seus cinco anos operando com este modelo de negócio, a GR6 já negociou mais de R$ 220 milhões em parcerias com as principais gravadoras do mundo, como Universal Music, Sony Music e Warner Music.
De acordo com André Morrissy, diretor musical da GR6, o modelo funciona porque todos os direitos são da GR6 e tudo é feito “dentro de casa”.
“Nós somos os únicos players do mercado com estrutura de gravadora, produtora e que realiza a gestão completa dos artistas. Isso nos permite produzir uma música em 24 horas”, ele diz.
Morrissy explica que na sede, na Zona Norte de São Paulo, há 11 estúdios de gravação de áudio que funcionam 24 horas, 2 estúdios de vídeo, 120 colaboradores e mais de 600 parceiros profissionais no mercado.
Este ano, a produtora planeja a abertura de mais 10 estúdios de áudio.
O gênero funk é protagonista da cena musical urbana brasileira, e números da GR6 apontam para uma liderança contínua: no Spotify, a faixa “Lets Go 4”, produzida pela casa, permaneceu por 86 dias no top 1 do Brasil na plataforma.
No canal do YouTube, o videoclipe da canção acumula mais de 200 milhões de visualizações.
O canal possui mais de 40 milhões de inscritos e 10 milhões de visualizações diárias.
Portanto, apesar da produção musical em ritmo vertiginoso, a GR6 não parece enfrentar nenhuma saturação de mercado.
“Uma prova de que não há saturação é que grandes marcas já perceberam o valor do gênero e dos nossos artistas e nos procuram para ações de marketing. Entre algumas delas temos Nike, Philipp Plein, Baw, Burger King, Heinz e Lacoste”, comenta Morrissy.
A francesa Lacoste reergueu e reposicionou seu negócio no Brasil a partir da parceria com a GR6. As marcas conceberam a campanha “Lalá”, em 2023. A Lacoste, que antes era restrita ao mercado de luxo, virou objeto de desejo nas comunidades e bateu recordes de venda.