A artista plástica Rebeca Sileman, iniciou sua carreira nas artes ainda em 2020, no inicio da pandemia. Suas obras carregam histórias e temáticas, tem um traço chamativo que lembra muito ao da artista brasileira, Tarsila Do Amaral. Sua arte distorce as figuras humanas, com linhas firmes e cores vibrantes uma mistura do estilo figurativo e do cubismo. A artista é graduada em Moda desde 2016, e parte de sua identidade é trazida de suas experiências adquiridas dentro da faculdade onde se formou.
Nascida em Mauá – SP, Rebeca Sileman sempre se interessou pelas artes, desde á infância, já realizou diversas exposições individuais em galerias de arte em Maringá, sendo a: As meninas de Rebeca Sileman: Na beleza da Diversidade, sua primeira edição de obras autorais, ganhando destaque logo na estreia de sua primeira exposição individual.
“A arte me abriu portas com infinitas possibilidades, a moda me ajudou a encontrar meu caminho”( Rebeca Sileman).
As obras intituladas: Raízes Nativas, foram doadas ao Museu Héleton Borba Cortes, em Maringá- Paraná, que é parte da sua 2º Edição de Obras autorais. A artista diz que: “Quando chegou a pandemia, todos nós tivemos nossas vidas mudadas, tivemos que nos reinventar, tudo se tornou incerto a nível mundial, eu nunca tinha visto isso, passado por está experiência, foi aí que neste momento de reclusão global que minha inspiração artística aflorou ainda mais, e logo me senti conectada espiritualmente falando” (Rebeca Sileman).
Mergulhando em minhas raízes ancestrais, descobri que minha bisavó por parte de mãe, era indígena, e isso aflorou dentro de mim com força e inspiração. Tudo ficou claro diante daquele cenário de incertezas e medo, deixei fluir naturalmente como águas que descem as margens dos rios, sem parar. A artista utiliza métodos e técnicas diferenciados para pintar as obras, se conecta por trilhas sonoras, assim se inicia seu processo criativo. Seu estilo é bem marcado, suas figuras possuem rostos angulosos e de traços retos, dando um aspecto caricatural em suas obras, existe uma padronização que já é identidade da artista.
Segundo a artista, as obras representam lideranças indígenas históricas e personagens que surgem do campo sútil de sua imaginação. O trabalho torna-se uma homenagem aos ancestrais indígenas, é uma forma de reconhecimento da existência e do valor dos saberes dos povos nativos. As obras se tornaram um Patrimônio Histórico de Maringá. A artista garantiu que já está preparando uma nova coleção, está no forno.