16 dos 20 times da Série A do Brasileirão 2023 possuem “fake followers” no Instagram, com Flamengo, Palmeiras, Corinthians e São Paulo liderando a lista.
A compra de seguidores falsos prejudica a imagem dos clubes, distorce a realidade e dificulta a mensuração de resultados.
Combater essa prática exige ações conjuntas de clubes, plataformas e órgãos reguladores, priorizando a construção de comunidades autênticas nas redes sociais.
Footy Accumulators, site especializado em bônus de inscrição e premiações de apostas esportivas, realizou um estudo para descobrir a porcentagem de seguidores falsos nas contas do Instagram dos clubes da Série A.
As redes sociais se tornaram ferramentas essenciais para a comunicação e engajamento entre clubes de futebol e seus fãs. No entanto, a busca por números expressivos de seguidores no Instagram pode levar a práticas questionáveis, como a compra de perfis falsos.
O análise revela que 16 dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol em 2023 apresentam percentuais de “fake followers” acima de 5%. Entre eles, o Flamengo se destaca com 7,82% de contas inautênticas, seguido pelo Corinthians (7,56%) e Atletico Mineiro (7,52%).
Nº – CLUBE – % FAKE FOLLOWERS
1 Flamengo 7.82%
2 Corinthians 7.56%
3 Clube Atlético Mineiro 7.52%
4 Esporte Clube Bahia 7.51%
5 Fortaleza FC 7,50%
6 Palmeiras 7.44%
7 São Paulo Futebol Clube 7.42%
8 Esporte Clube Vitória 7.21%
9 Botafogo 7.13%
10 Fluminense FC 7.10%
11 Red Bull Bragantino 7.06%
12 Vasco da Gama 6.81%
13 Cruzeiro 6.79%
14 At. Paranaense 6,22%
15 Grêmio FBPA 6.20%
16 Juventude 5.92%
17 Criciúma Esporte Clube 5.89%
18 SC Internacional 5.88%
19 Cuiabá Esporte Clube 5.45%
20 Atlético Clube Goianiense 4.89%
Impacto da compra de seguidores falsos
A compra de seguidores falsos pode gerar diversos impactos negativos para os clubes, como:
Distorção da imagem: A falsa impressão de uma grande base de fãs pode levar a um senso de inchaço da importância do clube, mascarando problemas reais e dificultando a avaliação precisa do seu engajamento genuíno.
Prejuízo à reputação: A prática é antiética e pode manchar a imagem do clube junto aos torcedores autênticos e à comunidade do futebol em geral.
Dificuldade na mensuração de resultados: A presença de perfis falsos dificulta a análise precisa das campanhas de marketing e do alcance real das publicações, prejudicando a definição de estratégias eficazes de comunicação.
Desperdício de recursos: O investimento na compra de seguidores falsos é um dinheiro mal gasto que poderia ser direcionado para ações que realmente beneficiam o clube e seus torcedores.
O que os clubes podem fazer:
Combater a compra de seguidores falsos exige um compromisso conjunto dos clubes, plataformas de mídia social e órgãos reguladores. Algumas medidas que podem ser tomadas incluem:
Campanhas de conscientização: É fundamental educar os torcedores sobre os perigos da compra de seguidores falsos e incentivar o engajamento genuíno com as redes sociais dos clubes.
Aprimoramento dos algoritmos: As plataformas de mídia social devem investir em ferramentas que identifiquem e removam perfis falsos com mais eficiência.
Fiscalização rigorosa: Órgãos reguladores devem monitorar as práticas dos clubes e punir aqueles que forem flagrados comprando seguidores falsos.
Construindo uma comunidade autêntica
Em vez de buscar atalhos artificiais para aumentar o número de seguidores, os clubes da Série A devem focar na construção de uma comunidade genuína e engajada nas redes sociais. Isso pode ser feito através de:
Conteúdo de qualidade: Publicar conteúdo relevante, interessante e criativo que atraia e retenha os torcedores autênticos.
Interação com os fãs: Responder comentários, mensagens e perguntas dos torcedores, demonstrando atenção e valorização de sua participação.
Promoção de ações interativas: Criar concursos, enquetes e outras atividades que incentivem a participação dos torcedores e aumentem o engajamento.
Parcerias com influenciadores: Colaborar com influenciadores relevantes para alcançar um público mais amplo e fortalecer a presença do clube nas redes sociais.
Metodologia: Análise realizada entre 12 e 15 de abril de 2024 através da ferramenta insightiq.ai.